a vida é um tango

A vida é para viver. Não é para desperdiçar! Quero dançar o tango sempre. Sempre! Sem parar.
sexta-feira, 2 de novembro de 2007
Outono
O vento do outono começa, com atraso, a soprar. Das folhas das árvores que balançam, das nuvens que se movem no céu e dos finos pingos de chuva que caem, vêem as notícias de uma vida que segue, embalada por lembranças ainda presentes, estimuladas por novidades que já se anunciam e fundamentadas na vontade intensa de viver devagar. Sem pressa do inverno chegar.
posted by moimeme @ 21:40  
1 Comments:
  • At 7 de novembro de 2007 às 17:43, Anonymous Anónimo said…

    Olá minha princesa!
    Vou deixar-te aqui um texto (um bocadinho deprimente, confesso), mas gostei muito e quero partilhá-lo contigo!
    Beijo grande

    Acabar.
    Não vês que acabas todo o dia.
    Que morres no amor.
    Na tristeza.
    Na dúvida.
    No desejo.
    Que te renovas todo dia.
    No amor.
    Na tristeza
    Na dúvida.
    No desejo.
    Que és sempre outro.
    Que és sempre o mesmo.
    Que morrerás por idades imensas.
    Até não teres medo de morrer.
    E então serás eterno.
    Não ames como os homens amam.
    Não ames com amor.
    Ama sem amor.
    Ama sem querer.
    Ama sem sentir.
    Ama como se fosses outro.
    Como se fosses amar.
    Sem esperar.
    Tão separado do que ama, em ti,
    Que não te inquiete
    Se o amor leva à felicidade,
    Se leva à morte,
    Se leva a algum destino.
    Se te leva.
    E se vai, ele mesmo...
    Não faças de ti
    Um sonho a realizar.
    Vai.
    Sem caminho marcado.
    Tu és o de todos os caminhos.
    Sê apenas uma presença.
    Invisível presença silenciosa.
    Todas as coisas esperam a luz,
    Sem dizerem que a esperam.
    Sem saberem que existe.
    Todas as coisas esperarão por ti,
    Sem te falarem.
    Sem lhes falares.
    Sê o que renuncia
    Altamente:
    Sem tristeza da tua renúncia!
    Sem orgulho da tua renúncia!
    Abre as tuas mãos sobre o infinito.
    E não deixes ficar de ti
    Nem esse último gesto!
    O que tu viste amargo,
    Doloroso,
    Difícil,
    O que tu viste inútil
    Foi o que viram os teus olhos
    Humanos,
    Esquecidos...
    Enganados...
    No momento da tua renúncia
    Estende sobre a vida
    Os teus olhos
    E tu verás o que vias:
    Mas tu verás melhor...
    ... E tudo que era efêmero
    se desfez.
    E ficaste só tu, que é eterno.
    Cecília Meireles (1901-1964)

     
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